A Ilha Grande é mesmo um lugar tentador e admirável. Já atraiu colonizadores, piratas, fazendeiros e até banqueiros. Agora, os invasores estão em baixo d’água! Trata-se do Coral-Sol, uma espécie exótica de coral (Tubastraea) que foi introduzida no ecossistema marinho da Baía da Ilha Grande por navios e plataformas de petróleo e gás.
Na baía da Ilha Grande há um intenso movimento de navios, além de um terminal de construção e manutenção de plataformas de petróleo (BrasFELS). Segundo Marcelo Mantelatto, técnico ambiental, o coral-sol chegou ao Brasil fixado em plataformas, o que os pesquisadores chamam de bioincrustação. "A embarcação que fica parada muito tempo na água (as plataformas ficam paradas para perfuração e prospecção de petróleo e gás) e depois de um tempo tem vários organismos crescendo no casco da embarcação. É assim que o coral chegou, fixado nas estruturas das plataformas", diz Marcelo.
Há muito mais para observar no mar da baía da Ilha Grande do que peixes, polvos e grandes crustáceos. Um mundo cheio de surpresas, cores e formas fascinantes que muitas vezes passam despercebidos aos olhos dos turistas e visitantes. Um bom exemplo é o CORAL.
Você já viu um coral? Sabe como são e onde vivem? É o que veremos...
O coral é um animal invertebrado da classe dos Cnidários (anêmonas e medusas) e uma das maravilhas do mundo submarino. Os corais são comuns por toda Ilha Grande, principalmente na Lagoa Azul, Lagoa Verde e ilha do Morcego e alimentam-se de matéria orgânica, micro-organismos e plâncton.
Os corais são organismos solitários ou coloniais que, em sua maioria, constroem esqueletos calcários. Tais esqueletos são responsáveis pela estrutura rochosa conhecida como “recifes de coral”. O resultado é uma estrutura maciça de carbonato de cálcio, resultante da sobreposição dos esqueletos das sucessivas gerações de pólipos. Os pólipos (“filhotes” de corais) são semelhantes a anêmonas minúsculas e, tal como estas, possuem tentáculos armados de nematocistos, que usam para se defenderem e se alimentarem. Os corais podem se reproduzir assexuadamente, contribuindo para o aumento e a continuidade da colônia, ou sexuadamente, dando origem a novas colônias.
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