Ao bom observador será fácil distingui nas pedras junto à praia, as marcas de afiamento lítico deixadas pelos índios ao amolarem suas flechas, machadinhas entre outros utensílios. Tais evidências, não deixam duvida de que ali já existiu uma aldeia Tupinambá. Além de ser um ótimo lugar para se viver, o capricho da natureza criou um local abrigado, cercado de mata e água em abundância.
Do alto de suas pedras eles podiam ver quem chegava ou passava ao largo sem desconfiar que ali, num penhasco com ondas aterradoras, pudesse morar uma tribo. Como também para escapar de alguma perseguição, desaparecendo nas rochas sem deixar vestígios. Dessa estratégia se aproveitaram também os contrabandistas de escravos, que para driblarem a Marinha Britânica que combatia esse tipo de comércio, usavam esse esconderijo para sumirem, como num passe de mágica, das vistas dos ingleses. Abrigados e em segurança, eles desembarcavam os cabiúnas que eram conduzidos às fazendas negreiras e depois vendidos aos fazendeiros do continente. Felizmente essa mazela durou pouco e o Caxadaço voltou a ser um lugar de sagrada comunhão com a natureza. Esse trecho da costa foi bastante povoado em épocas passadas.
Ao caminharmos pela trilha ainda é possível vermos ruínas de antigas construções e árvores frutíferas espalhadas pela mata.
Num determinado trecho, a trilha é toda calçada de pedras – Caminho das Pedras, que foi construído pelos escravos e que servia para dar escoamento à produção das lavouras que existiam ali.
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