As ruínas do antigo Lazareto da Ilha Grande fazem parte das atrações do Circuito do Abraão. O Lazareto foi construído em 1871 para receber passageiros enfermos que chegavam ao Brasil vindos de outros países. Os responsáveis pela construção do Lazareto foram os engenheiros Henrique Alvares da Fonseca e seu auxiliar Francisco de Paula Freitas.
O Lazareto funcionou como hospital de quarentena até 1913, quando foi totalmente desativado. Acreditava-se que o isolamento das pessoas doentes podia evitar as epidemias que assolavam o mundo naquele final de Século XIX. Porém, um congresso de sanitaristas, dentre os quais participou o Doutor Oswaldo Cruz, sugeriu a desativação dos lazaretos, já que estes não impediam a disseminação de doenças.
Com a explosão da Revolução Constitucionalista em São Paulo em 1932, Getúlio Vargas reabre o Lazareto que volta a funcionar como presídio. Neste período passaram por lá alguns imortais como o escritor Orígenes Lessa. Em um de seus livros, “Não Há de Ser Nada”, há um trecho comovente de suas recordações, no qual relata sua chegada à Ilha: “... Pelas quatro horas da tarde de 19 de agosto de 1932 o Campos, depois de cabriolar pela costa, fundeava na Enseada do Abraão, ponto final da viagem...”
Com a construção do novo presídio (IPCM), os presos, que estavam no Lazareto, foram transferidos para Dois Rios e em 1954 o então governador Carlos Lacerda mandou demolir o Lazareto com tiros de canhão. Hoje, restam apenas as ruínas da parte subterrânea, algumas colunas, envoltas por raízes de árvores, a base do edifício, com extenso muro de pedras de mão e as ruínas da antiga ponte transformadas em celas de presídio.
O local pode ser visitado, gratuitamente, apenas na parte externa.
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Veja as fotos das ruínas do Lazareto - Ilha Grande.
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